A Centopéia Humana

Hic-A-Doo-La, leitores! A primeira postagem sobre filmes foi apenas um "piloto" e não pretendia postar sobre algum filme tão cedo, mas esse pediu. Vou pensar enquanto digito se comento todo o filme com ou sem spoilers. Não quero nada muito longo sobre um filme tão... grotesco.

 "A Centopéia Humana (Primeira Sequência)", filme de horror holandês, do diretor Tom Six. Fala sobre um cirurgião alemão misantropo que tem em sua cabeça a idéia de juntar três pessoas, ligando boca e anus, e ter sua criatura. Sim, sim, é uma coisa bem bizarra. As vítimas dessa loucura são duas amigas norte-americanas e um japonês.
Parece um tipo de horror bem trash, mas fica um pouco longe disso por conta da péssima atuação das atrizes, e o modo como vão parar na casa do vilão: é aquele clichê de duas mocinhas se perdendo na floresta após o pneu do carro furar (foi até nessa cena que aprendi a dizer "foder" em alemão). Uma delas encontra uma casa grande e isolada no fundo de uma floresta obscura e tem a engenhosa idéia de pedir ajuda. São recebidas pelo doutor, que as deixa entrar, seda as gurias e bla bla bla. Mais a frente no longa, todo o processo cirúrgico é explicado às cobaias, amarradas e em pânico, na maior calma. Não vou repetir todo o processo, é tosco e nojento. Como falei acima, consiste na licação rabicó-na-boca, quando "A" se alimenta e faz seu cocozinho, "B" se alimenta, o mesmo acontece com o "C", que recebe de "B". Pura matemática de merda.
 Aqui começo a falar sobre cenas do filme, não vou contar exatamente seu final, mas ainda pode haver spoiler.
O longa tenta assustar e enojar quem assiste, mas é aquele filme que de tão ridículo faz rir (ou vomitar). O tal "horror" está lá, um pouco escondido, devo salientar, mas está. O visual não assusta nem um pouco, mas pega pro psicológico. A tão esperada cirurgia não aparece na íntegra, apenas um corte aqui, um corte alí e depois mostra o grotesco resultado. Na minha humilde opinião, é nessa parte que começa mesmo o filme, já que o antagonista começa a testar sua criação. A única coisa que me prendeu durante as quase 2 horas da produção foi a curiosidade na conclusão da história. Admito que me agradou. Quando a experiência ficou pronta, só me perguntava uma coisa: "e quando um deles sentir vontade de fazer suas nescessidades fisiológicas?" Claro, tudo foi explicado antes e na maior naturalidade, mas ver a teoria em prática é outra coisa. Quando o japonês (que é a parte A) disse "merda, tenho que cagar", minha reação foi uma mistura de surpresa com vontade de rir, ficando entre os dois, achei melhor me segurar. Mas, sério, se você rir, não se culpe, a cena é muito engraçada, apesar de macabra.



Comparado aos filmes a que assisti, "A Centopéia Humana" é um bem tranquilo. A idéia foi original, porém mal aproveitada. Não me arrependo e muito menos digo que é ruim, entretanto será difícil assistí-lo mais de uma vez.
Dois filmes que não muito (ou nada) conhecidos que são pesados tanto visual quanto psicologicamente: "A Invasora" e "Martyrs", ambos nas locadoras. O primeiro fala sobre uma grávida passando sua última noite de natal antes do parto sozinha em casa, até que sua residência é invadida por um misterioso assassino. Assim parece até clichê, mas fica bem longe disso: um filme até barato (foram gastos 3 milhões), muito sanguiolento e mistura tanto horror gore quanto psicológico, a fraca iluminação contribui com o pique-pega sangrento. Sobre "Martyrs", um filme incrivelmente forte em todos os sentidos, fala um pouco sobre a protagonista que, quando mais nova, foi mantida em cativeiro e sofreu abusos mas conseguiu escapar. Quando mais velha, invadiu uma casa e matou toda uma família à sangue frio. Após isso, ela é capturada por uma estranha organização e, novamente, mantida em cativeiro sob extremas torturas. Tudo assim, sem uma explicação, sem um aparente sentido.