Quadrinhos - Umbrella Academy: Suíte do Apocalípse



Muito tempo sem postar, pra falar a verdade, nem senti falta do blog. Ao que interessa: The Umbrella Academy. Gosto de quadrinhos e tenho muitos no meu armário (e no meu PC) mas poucos chamam minha atenção a ponto de ter uma postagem. "TUA: Suíte do Apocalipse" é um deles.
Em 2009 tive o prazer de ser presenteado com essa maravilha da editora Dark Horse (distribuída pela Devir, por aqui), desenhada pelo brasileiro Gabriel Bá e escrita por Gerald Way, o vocalista da banda "My Chemical Romance". Oh, sim, você leu certo, o vocalista de uma banda teen criou essa HQ, o que é mais um motivo para destacá-la em minha pequena coleção.
No primeiro encadernado temos 6 edições fechando um arco mais alguns extras. Até agora esse foi o único lançado por aqui, o segundo arco continua em andamento lá fora. "Suíte do Apocalípse", logo de cara, conta a estranha origem dos personagens que compõem o super grupo. Assim que as crianças nasceram, foram recolhidas pelo alienígena Reginald Hargreeves para receberem um treinamento visando salvar o mundo. Criados rigidamente por um pai e uma mãe mais estranhos ainda, eram denominados por números:
"Um", tornou-se o Spaceboy, o líder e mais forte de todos.
"Dois", chamado de Kraken, é capaz de segurar a respiração por tempo indeterminado.
"Três", era chamada de Rumor e tem o poder de fazer se tornar verdade qualquer coisa que fale.
"Quatro", Seance, pode levitar e falar com os mortos.
"Cinco", é capaz de fazer viagens para o futuro a qualquer momento.
"Seis", era chamado de Horror por ter monstros de outras dimensões embaixo de sua pele.
"Sete", não aparentava ter poder algum, exceto ser muito interessada em música.
Passado um tempo, cada um foi pro seu canto, até que reunem-se novamente devido a morte de seu pai, Hargreeves, e logo em seguida começam estranhos ataques no mundo. Enfim começa a verdadeira aventura do grupo, já crescido.

Bem clichê, não é? Pode falar, também achei. Agora, por que me interessou tanto? Porque a história é leve, divertida e brinca com clichês de uniformizados sem se desvirtuar do foco principal. Sim, eles são heróis e salvam todo mundo como podem, mas tem seus problemas pessoais, explicando porque separaram-se. Citando os extremos: Spaceboy trilhou o caminho de herói enquanto os outros seguiram suas vidas, deixando de lado toda essa coisa de salvar o mundo enquanto a "Sete" tornou-se uma depressiva por causa do isolamento importo por seu "pai", durante a infância.

As capas são lindas! Foram desenhadas pelo premiado James Jean, muito conhecido pelas capas de "Fábulas", uma HQ do selo Vertigo, da editora DC Comics. "Umbrella Academy" concorreu ao prêmio Will Eisner de Melhor Série, Capista e Colorista e também ao prêmio de Melhor Série no Harvey Awards. Como já falei, a história é bem leve, o que prende o leitor do começo ao fim. Foi assim no meu caso, ao terminar de ler já comecei a sentir uma ponta de saudades dos personagens que são super poderosos e ao mesmo tempo humanos.

Lembro que, na época de seu lançamento por aqui, muitos sequer haviam tocado e já estavam dizendo que era uma obra-prima dos gibis e quando realmente leram, mudaram completamente sua opinião. Expectativa estraga demais. Não tive grandes expectativas, mas gostei do que li. Se a tarefa da HQ é divertir, entreter e fazer o tempo passar com um excelente escapismo, Umbrella Academy merece nota 10.
Devo dizer que estou um pouco ansioso pela continuação, "Dallas", a segundo arco da história.


2 comentários:

Cássio D. Versus disse...

Ôpa, boa dica. Escrita pelo vocalista do "MCR"? Espero que isto não seja um problema. Ótima postagem.

Andrezao Oliveira disse...

As Capas são bonitas msmo...ja havia visto algumas no Vertigem.
E pela sua descrição, parece uma leitura leve mesmo...e tudo que ajuda a escapar um pouco do universo Marvel/DC é bom como "libertação"...=p